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O que esperar de 2017: planos, estratégias e objetivos para o ano


Se para a maioria das pessoas o ano novo começa somente no dia 1º de janeiro, para executivos e diretores de grandes empresas, 2017 começou antes! Afim de que tudo saia como esperado, os planos precisam ser traçados com antecedência, pesquisa, além de contar com o envolvimento e integração de todos os setores.

Por isso, foram convidados André Guarenghi, CIO da Positivo Informática, e Viviane Lusvarghi, CIO da Santher, para comentar tendências para 2017, táticas para montar o planejamento, prioridades e fatores que devem ser levados em consideração no momento de estabelecer planos e metas para o ano que se aproxima.

Cenário econômico

As expectativas e incertezas, assim como em outros setores, devem ser levados em consideração no momento de iniciar o planejamento da área de TI, como comenta André Guarenghi. “Em tempos de escassez orçamentária, nós profissionais de TI, temos a obrigação de apresentar soluções de tecnologia para que a companhia não perca performance e ainda se destaque”.

Viviane Lusvarghi concorda com o ponto de vista de André. “Apesar da tendência apontar uma melhora no setor de TI em 2017, não acredito que isto se reflita já para o primeiro semestre. Desta forma, a TI precisa continuar buscando ser mais estratégica na sua participação dentro da organização em que atua”, comenta Viviane. A CIO acredita que em tempos de recessão e/ou retomada da economia, quando ocorrem reestruturações e downsing, a TI pode ser decisiva para o sucesso de uma organização, contribuindo para que ela seja ágil, flexível e robusta. “É tempo de disrupção, de se reinventar”, conclui.

A profissional da Santher acredita que infelizmente o cenário aponta que 2017 será negativo para quem não mudar a forma de pensar, continuando a oferecer uma TI tradicional. Porém, haverá oportunidades para aqueles que viabilizarem o consumo de TI de forma ágil, flexível e robusta, tanto para quem contrata serviços de TI, quanto para quem fornece.

Planejamento anual

Guarenghi revela que o planejamento anual na empresa em que atua utiliza como base o orçamento aprovado pelo conselho, onde também constam os principais projetos para o ano que se aproxima. “Existe ainda a oportunidade relacionada às inovações que poderemos inserir, sempre respeitando a diretriz orçamentária”. Para 2017 o CIO menciona possuir diversos objetivos a serem alcançados, como por exemplo, o fortalecimento e ampliação do comércio eletrônico, a gestão dos custos a todos “consumidores” do orçamento, a melhoria da gestão jurídica, além da atualização SAP.

Já na Santher, a tática de mindset é utilizada para facilitar o planejamento anual da companhia. “A TI da Santher sempre foi muito servidora, mas nos últimos meses estamos mais próximos das áreas de negócios, deixando de pensar somente em tecnologia e oferecendo soluções que entendemos fazer a diferença para o negócio. Nesta linha, estamos conduzindo desde a mudança de processos até a implantação de ferramentas. É desta maneira que estamos buscando cada oportunidade na empresa. Devemos ser o exemplo e metodologia ágile, que será essencial para ajudarmos na mudança de cultura e atendermos melhor nosso público”. Segundo Lusvarghi, a TI precisa parar de pensar somente em tecnologia e passar a se preocupar com o negócio e oportunidades para a organização. “Podemos sim ser agente de transformação, deixar de ser coadjuvante para ser o protagonista”, conclui.

O CIO da Positivo Informática ainda ressalta outro importante fator no momento de desenvolver o planejamento: o fato de que nem tudo pode ser previsto. Como exemplo ele cita o atual cenário político brasileiro, que influencia diretamente a economia do país e consequentemente o desempenho de empresas fornecedoras de serviços e indústrias. “Entendo que não só TI, mas todos os setores estão à espera da estabilização e retomada da economia. A grande questão está no governo Temer, em que temos que saber se ele e sua equipe conseguirão colocar em prática as medidas necessárias para isso, como: aprovação PEC 241, reforma da previdência, reforma tributária. Com pelo menos estas três medidas, já será possível atingir a expectativa de 2% de crescimento do PIB em 2017 e 4% em 2018. Tudo irá depender a sua sobrevivência no cargo”, explica.

Tendências para o setor

Outro fator que deve ser levado em conta pelos profissionais responsáveis pelo planejamento anual são as tendências que irão nortear o mercado nos próximos semestres. Na opinião de Andre a mobilidade e ferramentas que de BI e Analytics são capazes de fornecer informações estruturadas serão indispensáveis para as companhias que buscam destaque. “Somente profissionais que estiverem próximos às áreas de negócio, conseguirão apresentar e realizar os melhores projetos”.

Para Viviane, 2017 será o ano da produtividade. “Os processos devem ser mais fluidos, máquinas industriais conectadas, decisões devem ser tomadas de forma mais rápida, enfim, máquinas, processos e pessoas, integrados de forma ágil e simplificada”. Em relação às tendências que devem despontar nos próximos semestres a executiva defende que não só o consumo de IoT, mas também a Indústria 4.0, computação em nuvem e computação cognitiva. “Esta última, diria sim ser uma tendência, pois ainda está com uma tímida presença na área de atuação que atuamos. Todos os projetos estarão voltados para isto”, comenta.

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